L’Allemagne a rejeté la proposition de François Hollande, en marge du sommet du G8, concernant l’introduction des eurobonds dans la zone euro, considérant « la mauvaise recette, au mauvais moment. »
« Pour le moment, je ne vois aucune raison pour changer de cap, l’introduction des eurobonds serait un mauvais choix, et provoquerait des effets secondaires », a déclaré le secrétaire d’Etat allemand des Finances, Steffen Kampeter, à la station de radio publique Deutschlandfunk.
De l’avis de Kampeter, la base d’une politique budgétaire commune en Europe « c’est avant tout, le traité budgétaire », et non pas l’émission de titres de la dette publique en Europe, que l’on appelle les eurobonds.
Une telle émission permettrait aux pays de la monnaie unique en difficultés, d’accéder aux marchés financiers afin de se faire financer à des conditions plus favorables.
En revanche, les pays comme l’Allemagne, bénéficiant actuellement de taux d’intérêt très bas, aurait à payer plus cher pour se faire financer sur ces marchés financiers.
Le Gouvernement d’Angela Merkel a toujours refusé l’émission des eurobonds, considérant ce système comme une forme de mutualiser les dettes publiques dans la zone euro.
Pour Berlin, « des obligations européennes communes ne sont pas un remède pour résoudre cette crise » de la dette en zone euro et « le gouvernement les rejette », a dit Georg Streiter lors d’une conférence de presse régulière.
Alemanha rejeita proposta de Hollande para eurobonds.
A Alemanha rejeitou hoje a proposta do novo Presidente francês, François Hollande, à margem da cimeira do G8, para a introdução de eurobonds na zona euro, considerando-a « a receita errada no momento errado ».
« No momento atual, não vejo motivos para mudarmos de rumo, a introdução de eurobonds seria a receita errada no momento errado, e teria efeitos secundários contraproducentes », disse o secretário de Estado das finanças alemão, Steffen Kampeter, à emissora pública de rádio Deutschlandfunk.
Na opinião de Kampeter, a base para uma política orçamental comum na Europa « é, em primeira linha, o Tratado Orçamental », e não a emissão de títulos conjuntos de dívida pública europeia, os chamados eurobonds.
Uma tal emissão permitiria aos países da moeda única com dificuldades de acesso aos mercados de capitais financiarem-se em condições mais favoráveis.
Em contrapartida, países como a Alemanha, que beneficiam de juros muito baixos para se financiar nos referidos mercados, teriam de pagar mais.
O Governo de Angela Merkel tem recusado sistematicamente a emissão de eurobonds, considerando-os uma forma de mutualizar as dívidas públicas na zona euro.
« Não estarei sozinho a fazer essas propostas », sublinhou Hollande.
Nas declarações à Deutschlandfunk, Kampeter advertiu também o Presidente francês contra uma eventual interligação entre a questão dos eurobonds e a escolha do novo presidente do eurogrupo.
Segundo o semanário Der Spiegel, Hollande coloca reticências à eleição para este cargo do atual ministro das finanças alemão, Wolfgang Schäuble, após a saída do atual titular, Jean-Claude Juncker.
« Uma tal interligação de temas bem diferentes lançaria uma luz menos boa sobre a necessidade de consolidação orçamental na Europa, e não traria vantagens políticas e económicas aos países que estão a implementá-la », disse Kampeter.
O responsável alemão esclareceu também que Berlim recusa também programas de apoio à conjuntura que signifiquem novo endividamento, ao contrário do novo Governo francês.
« O que é preciso é melhorar as condições para que haja crescimento através de reformas estruturais que não pesem nos orçamentos », referiu Kampeter.